A Anforeta é a Peça do mês em destaque no mês de agosto, no Museu dos Rios e das Artes Marítimas, em Constância.
Recipiente bojudo, semelhante a um barril, constituído por aduelas, aros de metal e uma asa, também de metal, que servia para colocar a mão e transportar o vinho para consumo próprio. Era utilizado pelos trabalhadores agrícolas nos campos, mas, também, pelas gentes que trabalhavam nos rios, como os marítimos.
O proprietário do varino garantia a água e a alimentação da sua tripulação, um arrais, dois camaradas e um moço, mas não fornecia o tabaco, nem o vinho. Ora, quando se lhes acabava o vinho que levavam nas anforetas e a carga transportada eram cascos com vinho, alguns, sem o arrais ver, levantavam o aro de metal do casco, faziam um furo na aduela e retiravam o vinho para as anforetas. Para dentro do casco, ia a água correspondente ao vinho retirado, tapava-se com uma rolha de cortiça e baixava-se o aro de metal. Nunca ninguém vinha a notar...
Recorde-se que A Peça do mês está exposta numa das salas do museu, onde pode ser apreciada e a sua divulgação é efetuada através das páginas de Facebook do Museu dos Rios e das Artes Marítimas e do Município de Constância.