Prevenir, Planear e Proteger
Plano Municipal de Emergência em Proteção Civil
Para mais informação, consulte os seguintes portais:

CONTACTOS
Serviço Municipal de Proteção Civil de Constância
Estrada Nacional 3, n.º 13
2250-028 Constância
Telefone: 249 730 058 (Chamada para a rede fixa nacional)
Telemóvel: 962 098 007 (Chamada para a rede móvel nacional)
Email:
Cheias e Inundações
- Cheias lentas dos grandes rios.
- Cheias rápidas dos rios e ribeiras de pequenas e médias bacias hidrográficas.
- Subida das águas subterrâneas em locais de cota reduzida.
- Inundações pela sobrecarga dos sistemas de drenagem artificiais nos meios urbanos.
Dentro das causas meteorológicas, a pluviosidade é a principal causa das cheias, da subida das águas subterrâneas e das inundações urbanas. A pluviosidade pode ser de dois tipos: contínua e prolongada, podendo até não atingir grande intensidade - originam neste caso cheias lentas e a subida do lençol freático, com inundação de áreas baixas - ou concentrada no tempo e no espaço, mas de grande intensidade, dando origem a cheias rápidas e inundações urbanas.
As situações de chuva intensa, que originam as cheias e inundações, encontram-se associadas a condições de instabilidade atmosférica que, em Portugal continental, ocorrem geralmente do outono à primavera.
As cheias e inundações ocorrem um pouco por todo o país, mas as bacias hidrográficas dos médios e grandes rios são as mais afetadas. As bacias dos rios Tejo, o Douro e o Sado têm um longo historial de cheias, frequentemente reportadas na comunicação social.
Outros rios apresentam atualmente maior capacidade para evitar a ocorrência de cheias. É o caso do rio Mondego, por exemplo, que dispõe de um sistema integrado de regularização (barragens e diques) que reduz a ocorrência de cheias frequentes, bem como do rio Águeda, onde começou a ser implementado um Plano Geral de Drenagem e sistema elevatório de proteção contra as cheias na cidade de Águeda.
Saber mais: Avaliação Nacional de Risco e InfoRiscos
Efeitos e Vulnerabilidades
As inundações são a catástrofe natural que ocorre com maior frequência e que pode causar devastação generalizada, com perda de vidas, danos económicos e sociais e impactos ambientais.
Entendem-se por vulnerabilidades os elementos da nossa sociedade que ficam expostos, ou são afetados, por um desastre, neste caso uma cheia. A minimização dos efeitos que lhe estão associados revela-se particularmente importante nas áreas de maior vulnerabilidade, em que periodicamente ocorrem perda de vidas e destruição avultada de bens.
Os efeitos ou prejuízos resultantes das cheias são variados, consistindo, frequentemente, em:
Efeitos diretos
- Evacuação e desalojamento de pessoas e eventual perda de vidas humanas;
- Isolamento de povoações;
- Danificação da propriedade pública ou privada;
- Submersão e/ou danificação de vias de comunicação e de outras infraestruturas e equipamentos;
- Destruição de explorações agrícolas e pecuárias;
- Interrupção do fornecimento de bens ou serviços básicos (água potável, eletricidade, telefone, combustível, etc.);
- Custo das ações de proteção civil, incluindo o realojamento e tratamento de vítimas.
Efeitos indiretos
- Perda de produção da atividade;
- Afetação das atividades socioeconómicas, por vezes por um período bastante prolongado;
- Afetação do meio ambiente.
As cheias de alguns rios são cíclicas, podendo contribuir para a fertilização dos campos ou mesmo para a remoção de diversos poluentes. Mas para se tirar este benefício das inundações provocadas pelas cheias dos rios e se minimizarem os danos por elas causados é necessário que as populações saibam precaver as suas vidas e os seus bens.
Prevenção
A ação preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências. Nesse sentido, foram dinamizados estudos de caraterização de zonas de risco e das vulnerabilidades associadas na procura de melhores soluções que influenciarão não só a atuação das forças intervenientes, mas, igualmente, como se espera, os conceitos do uso do solo e ordenamento do território. Desta forma pretende-se aumentar da resiliência da sociedade, com redução dos danos para a saúde humana (incluindo perdas humanas), o ambiente, o património cultural, as infraestruturas e as atividades económicas.
Saber mais:
Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI) - Agência Portuguesa do Ambiente
Gestão do Risco de Inundação - Documento de apoio a Boas Práticas
A prevenção de cheias inclui ainda a componente da previsão, que possibilita a antecipação de ações de mitigação, e da monitorização, que permite detetar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação. Esta última componente é fortemente hidrológica.
A Agência Portuguesa do Ambiente e as Administrações de Região Hidrográfica são as entidades responsáveis em Portugal pela previsão de cheias, através do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH). Os níveis das albufeiras portuguesas e espanholas são monitorizados continuamente, em simultâneo com o acompanhamento das condições meteorológicas, permitindo identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução.
A informação de pontos notáveis do SVARH, como os rios internacionais na fronteira, ou núcleos urbanos mais vulneráveis, são também disseminados para o público em geral através do site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).
Medidas de Autoproteção
Habitualmente é possível prever uma cheia através dos níveis de água, das descargas das barragens e das observações meteorológicas. No entanto, uma cheia provocada por chuvas intensas e repentinas, dificilmente permitirá que as populações sejam avisadas.
Para diminuir sofrimentos e prejuízos, cada cidadão em zona de risco de cheia deve ter conhecimento das medidas de autoproteção e procedimentos de segurança.
Incêndios Florestais
Caracterização do fenómeno e das suas causas
Os incêndios rurais são das catástrofes naturais mais graves em Portugal, não só pela elevada frequência com que ocorrem e extensão que alcançam, como pelos efeitos destrutivos que causam. Para além dos prejuízos económicos e ambientais, podem constituir uma fonte de perigo para as populações e bens.
Os incêndios rurais são considerados catástrofes naturais, mais pelo facto de se desenvolverem na natureza e por a sua possibilidade de ocorrência e caraterísticas de propagação dependerem fortemente de fatores naturais, do que por serem causados por fenómenos naturais.
A intervenção humana pode desempenhar um papel decisivo na sua origem e na limitação do seu desenvolvimento. A importância da ação humana nestes fenómenos distingue os incêndios rurais das restantes catástrofes naturais.
A propagação de um incêndio pode ocorrer pela superfície do terreno, pelas copas das árvores e através da manta morta e depende das condições meteorológicas (direção e intensidade do vento, humidade relativa do ar, temperatura), do grau de secura e do tipo do coberto vegetal, orografia do terreno, acessibilidades ao local do incêndio, etc.
As causas dos incêndios rurais são das mais variadas. Contudo, têm, na sua grande maioria, origem humana, quer por negligência e acidente (queimadas, queima de lixos, lançamento de foguetes, cigarros mal apagados, linhas elétricas, etc), quer intencionalmente.
Os incêndios de causas naturais (ex: trovoadas) correspondem a uma pequena percentagem do número total de ocorrências.
Causas dos incêndios rurais investigados pela GNR/SEPNA, em 2021:
Fonte: ICNF, 2022 (in Relatório de Estado do Ambiente)
A sua expressão em Portugal
A distribuição temporal dos incêndios rurais em Portugal Continental é marcadamente sazonal, verificando-se o maior número de ocorrências e de área ardida nos meses de julho, agosto e setembro.
Analisando a evolução do número de ocorrências e da área ardida desde 1995, verifica-se uma tendência de diminuição no número de ocorrências (fogachos e incêndios rurais) desde 2006, em relação aos anos anteriores.
Incêndios rurais em Portugal continental: ocorrências e área ardida
Fonte: ICNF, 2022 (in Relatório de Estado de Ambiente)
Em Portugal Continental as principais regiões com maior nível de risco estrutural (perigosidade) de incêndios rurais são a região Norte, Centro e da serra algarvia até ao Alentejo litoral. Apenas algumas zonas do Norte Litoral, Lezíria do Tejo e Algarve Litoral apresentam classe de perigosidade de incêndio rural baixo.
Saber mais: Avaliação Nacional de Risco
A carta de perigosidade estrutural de incêndio rural é um elemento crucial para o planeamento das medidas de prevenção e combate a incêndios rurais, por via do ordenamento do território, do ordenamento florestal e da prevenção estrutural, para o condicionamento às atividades de fruição dos espaços rurais e para a alocação de meios de vigilância e combate aos fogos.
Consulte aqui a carta de perigosidade (estrutural) de incêndios rurais: https://www.icnf.pt/florestas/gfr/gfrgestaoinformacao/dfciinformacaocartografica
O Índice Conjuntural e Meteorológico de incêndio (RCM) é calculado diariamente pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera por combinação de dois índices:
- i) o "índice meteorológico de incêndio", atualizado uma vez por dia pelo IPMA e denominado FWI (Fire Weather Index);
- ii) o "índice de perigosidade de incêndio rural" que integra uma componente estrutural e uma componente conjuntural, ambas da responsabilidade do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF.
Saber mais: https://www.ipma.pt/pt/riscoincendio/rcm.pt/
Efeitos e vulnerabilidades
A floresta tem sido ao longo dos últimos anos alvo de danos significativos quer em termos de áreas ardidas quer em destruição de espécies singulares.
Embora difícil de quantificar, as emissões de gases e partículas libertadas durante um incêndio, podem também ser responsáveis por alguns impactos ambientais.
Uma área devastada por um incêndio rural, quando sujeita a chuvas intensas, pode tornar-se mais suscetível e originar mais facilmente, outro tipo de riscos tais como deslizamentos e cheias. Com a destruição da camada superficial vegetativa os solos ficam mais vulneráveis a fenómenos de erosão e transporte provocados pelas águas pluviais, reduzindo também a sua permeabilidade.
Para além da destruição da floresta os incêndios podem ser responsáveis por:
- Morte e ferimentos nas populações e animais (queimaduras, inalação de partículas e gases);
- Destruição de bens (casas, armazéns, postes de eletricidade e comunicações, etc.);
- Corte de vias de comunicação;
- Alterações, por vezes de forma irreversível, do equilíbrio do meio natural;
- Proliferação e disseminação de pragas e doenças, quando o material ardido não é tratado convenientemente.
A área nacional ardida apresenta um valor médio anual (2012 - 2021) de 124.673 hectares, dos quais aproximadamente 62.435 hectares são de povoamentos florestais.
Ocorrências e áreas ardidas (2012 - 2022). (Fonte: ICNF).
A distribuição espacial do número de incêndios florestais e das áreas não é homogénea. Contudo, as regiões do Norte e do Centro do país são, no geral, aquelas onde se regista um maior quantitativo de incêndios rurais e de áreas ardidas.
Saber mais: https://www.icnf.pt/florestas/gfr/gfrgestaoinformacao/dfciinformacaocartografica.
Prevenção
Consulte o Risco de Incêndio e planeie as suas atividades agrícolas, florestais e de lazer, para o concelho que pretende: https://fogos.icnf.pt/rif/Stat_Global_Sensibilizacao_Riscolist2.asp
Medidas de Autoproteção
Em 2017 foram criados dois programas (Resolução do Conselho de Ministros nº 157-A/2017, de 27 de outubro) que têm por objetivo a proteção de pessoas localizadas na interface urbano-florestal, através da implementação e gestão de zonas de proteção e locais de refúgio nos aglomerados, bem como da sensibilização das populações para a prevenção de comportamentos de risco e para a adoção de medidas de autoproteção e de preparação face a incêndios rurais, por forma a reforçar a sua segurança.
“Aldeia Segura" é um Programa de Proteção de Aglomerados Populacionais e de Proteção Florestal e destina-se a estabelecer medidas estruturais para proteção de pessoas e bens, e dos edificados na interface urbano-florestal, com a implementação e gestão de zonas de proteção aos aglomerados e de infraestruturas estratégicas, identificando pontos críticos e locais de refúgio. O programa "Pessoas Seguras" visa promover ações de sensibilização para a prevenção de comportamentos de risco, medidas de autoproteção e realização de simulacros de planos de evacuação, em articulação com as autarquias locais.
Saber mais: http://aldeiasseguras.pt/
Aldeia Segura e Pessoas Seguras: Prepare-se e proteja-se dos incêndios rurais
Veja os materiais disponíveis: Folheto (PT) | Cartaz (Bilingue)
Safe Village and Safe People: Get ready and protect yourself from rural fires:
Check the availabe materials: Leaflet (EN) | Poster (bilingual)
Fonte: https://prociv.gov.pt/pt/prevencao-e-preparacao/avaliacao-de-riscos/riscos-mistos/
Ondas de Calor
Caraterização do fenómeno e das suas causas
Uma onda calor ocorre quando a temperatura máxima diária é superior em 5º C, num lapso de tempo de pelo menos 6 dias consecutivos, ao valor médio diário no período de referência.
A sua expressão em Portugal
No caso português, não obstante as ondas de calor poderem ocorrer em qualquer altura do ano, naturalmente são mais notórias e os seus impactos mais significativos no período de verão: junho, julho e agosto, sendo que as regiões mais afetadas se situam nas regiões do interior Norte e Centro (distritos de Bragança, Vila Real, Viseu e Guarda) e do Alentejo (distritos de Setúbal, Évora e Beja).
As principais ondas de calor ocorridas em Portugal foram as seguintes:
- 2013 - Todos os distritos (com especial incidência no Nordeste Transmontano) exceto o de Faro. Cerca de 1700 óbitos.
- 2003 - Todos os distritos exceto na faixa litoral a Norte de Setúbal e no Barlavento Algarvio. Cerca de 1900 óbitos.
- 1991 - Todos os distritos do interior Centro e Sul. Cerca de 1000 óbitos.
- 1981 -Todos os distritos exceto o de Faro. Cerca de 1900 óbitos.
Saber mais: Avaliação Nacional de Risco , InfoRiscos e Ondas de calor (IPMA)
Efeitos e Vulnerabilidades
Durante uma onda de calor a sobrecarga térmica do corpo humano pode agravar a morbilidade e a mortalidade dos grupos de risco como os idosos, as crianças e doentes crónicos do foro cardiovascular ou outros com comportamentos de risco, como a exposição prolongada ao sol.
Saber mais: Sistema de Monitorização e Vigilância ÍCARO
Medidas de Autoproteção
As medidas de autoproteção em caso de temperaturas elevadas têm o objeito de prevenir complicações potenciadas pela exposição ao calor. Com efeito, é recomendado:
- procurar ambientes frescos e arejados
- beber água ou sumos naturais com regularidade e mesmo que não tenha sede
- evitar o consumo de bebidas quentes, alcoólicas, gaseificadas, com cafeína e ricas em açúcar
- evitar a exposição direta ao sol nas horas de maior calor, nomeadamente entre as 11 e as 17 horas
- aplicar protetor solar com fator 30 ou superior de 2 em 2 horas
- usar roupas leves, soltas e de cor clara e preferencialmente de algodão e utilizar chapéu e óculos de sol
- evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, como desporto ou atividades de lazer no exterior
- não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol
- fazer refeições leves e comer mais vezes ao dia
- esteja atento aos avisos de calor
- ter uma atenção especial face aos grupos de pessoas mais vulneráveis ao calor
Saber mais: Proteja-se contra o calor (SNS24) e Plano de contingência saúde sazonal - Verão 2022 (Direção-Geral da Saúde)
Fonte: https://prociv.gov.pt/pt/prevencao-e-preparacao/avaliacao-de-riscos/riscos-naturais/
Sismos
Caraterização do fenómeno e das suas causas
Na maior parte dos casos os sismos são devidos a movimentos ao longo de falhas geológicas que existem no contacto entre as diferentes placas tectónicas que constituem a superfície terrestre, as quais se movimentam entre si. Ao longo dos tempos geológicos a superfícies da terra tem estado sujeita a enormes tensões que foram responsáveis pela construção de cadeias montanhosas e pela deriva dos continentes. Sob a ação dessas tensões as rochas deformam-se gradualmente e sofrem roturas. A rotura do material rochoso ocorre quando são ultrapassados os seus limites de resistência. A consequência desse facto é a geração de vibrações, denominadas ondas sísmicas, que se propagam pelo interior da crosta terrestre. São estas vibrações que se sentem quando ocorre um sismo.
Os sismos também podem ser originados pelo movimento de falhas existentes no interior das placas tectónicas. A atividade vulcânica e os movimentos de material fundido das profundezas podem ser outras das causas dos sismos. Mais raramente podem ser provocados por deslocamentos superficiais de terreno, tais como abatimentos e escorregamentos. A zona no interior da terra na qual se dá a libertação de energia designa-se por foco ou hipocentro.
O ponto à superfície da terra situado na vertical do foco é o epicentro. Corresponde à zona onde o sismo é sentido com maior intensidade.
Os movimentos dos terrenos à volta do epicentro são provocados pelas ondas sísmicas quando estas alcançam a superfície terrestre. Estes dependem da profundidade do foco, das características (geológicas, topográficas, etc.) e da magnitude do sismo.
Quando a atividade sísmica é gerada no oceano pode ser acompanhada por tsunamis, que provocam normalmente grandes destruições em estruturas costeiras ou ribeirinhas (embarcações, casas, pontes, etc.)..
Saber mais:
https://www.ipma.pt/pt/enciclopedia/geofisica/escalas.macro/index.html
A sua expressão em Portugal
O território de Portugal Continental insere-se, no contexto da tectónica de placas, na denominada placa Euro-Asiática. A Sul, o seu limite faz-se pela falha de Açores-Gibraltar, descontinuidade tectónica que delimita as placas euro-asiática e africana. A Oeste, o seu limite faz-se pela denominada falha da dorsal média do Oceano Atlântico.
Em Portugal Continental têm afetado as regiões do centro e sul do país, embora pouco frequentes. Por outro lado, na Região Autónoma dos Açores os sismos têm ocorrido as ilhas do grupo central e oriental.
Com efeito, o risco sísmico no Continente é significativo e que é aumentado na medida em que a densidade de população e atividades económicas o localiza-se no litoral, precisamente nas áreas com maiores intensidades sísmicas observadas ao longo do tempo (ver imagem abaixo).
Os grandes sismos históricos que afetaram o território português tiveram os seus epicentros localizados no acidente tectónico de Açores-Gibraltar (sismos inter-placas). Desses, destaca-se o de 1 de Novembro de 1755, que atingiu uma magnitude aproximada de 8,75 graus na Escala de Richter. Este sismo deu origem a um tsunami com cerca de 15 metros de altura, além de fenómenos de liquefação do solo e deslizamentos de terras, tendo provocado grande número de mortos e destruição de edifícios na cidade de Lisboa.
Os fenómenos de sismicidade intraplaca são normalmente mais difusos, destacando-se, por exemplo, o sismo de 23 Abril de 1909, com epicentro em Benavente, região situada no Vale Inferior do Tejo. Este sismo atingiu a magnitude de 6,7 graus na Escala de Richter.
Além da região do Vale Inferior do Tejo, existem outras zonas com registo histórico de sismicidade importante, como sejam: Loulé, Setúbal, a zona da Batalha - Alcobaça e Moncorvo.
Saber mais: Avaliação Nacional de Risco e InfoRiscos
Efeitos e Vulnerabilidades
Os danos nas construções provocados por um sismo dependem, entre outros fatores, da magnitude do evento, da distância daquelas ao epicentro, de condições locais (tipos de solos, topografia, etc.) e das caraterísticas das estruturas edificadas existentes (tipologia construtiva, época de construção, estado de conservação, etc.).
A ação sísmica pode provocar o colapso de edifícios, de viadutos, a rotura de barragens, o corte no fornecimento de serviços de abastecimento de gás, eletricidade e comunicações. Além disso, pode induzir de deslizamentos, fogos urbanos e ondas oceânicas de grande capacidade destrutiva (tsunamis). Devido ao colapso das estruturas edificadas as vias de comunicação podem ficar interrompidas enquanto não se proceder à remoção dos escombros, situação que pode comprometer a eficiência e eficácia das ações de socorro.
Para fins de construção de edifícios e estruturas de engenharia, o território português continental está dividido, do ponto de vista da resposta à ação sísmica (segundo o Regulamento de Segurança e Ações para Estruturas de Edifícios e Pontes, 1983 | RSA) em 4 zonas distintas.
A gradação da criticidade do território continental português à ação sísmica vai de A (mais crítica) a D (menos crítica).
Saber mais: Geofísica - Sismos (IPMA)
Medidas de Autoproteção
Em caso de sismo execute os 3 gestos simples: BAIXAR - PROTEGER - AGUARDAR
Consulte o modo de atuar antes, durante e depois de um sismo: brochura "Sismos - Prepare-se proteja-se"
Fonte: https://prociv.gov.pt/pt/prevencao-e-preparacao/avaliacao-de-riscos/riscos-naturais/
Vagas de Frio
Caraterização do fenómeno e das causas
Uma onda de frio é produzida por uma massa de ar frio e geralmente seco que se desenvolve sobre uma área continental.
Considera-se onda de frio sempre que, pelo menos em seis dias consecutivos, a temperatura mínima do ar seja inferior em 5.ºC, ou mais, ao valor médio das temperaturas mínimas diárias no período de referência.
A sua expressão em Portugal
Estas situações estão geralmente associadas a ventos moderados ou fortes, que ampliam os efeitos do frio. Em Portugal, a sua presença está geralmente associada ao posicionamento do anticiclone dos Açores próximo da Península Ibérica ou de um anticiclone junto à Europa do Norte.
Saber mais: Avaliação Nacional de Risco e InfoRiscos
Efeitos e Vulnerabilidades
Os grupos de maior risco são as crianças, os idosos, os doentes crónicos (do foro respiratório ou cardíaco), e os sem-abrigo.
As vagas de frio podem ser a causa de morte, por hipotermia, sobretudo nos idosos, crianças e pessoas mais desprotegidas.
Medidas de Autoproteção
As medidas de autoproteção em caso de temperaturas baixas têm o objetivo de prevenir complicações potenciadas pela exposição ao frio. Com efeito, é recomendado;
- vista-se como uma cebola, por camadas
- proteja as extremidades do frio – mãos, pés e cabeça
- dentro de casa, mantenha-se agasalhado
- escolha calçado confortável e antiderrapante para prevenir quedas e trambolhões
- facilite a circulação de ar e abra as janelas periodicamente para melhorar a qualidade do ar
- assegure um bom funcionamento do aquecimento da casa
- mantenha a temperatura da casa entre os 19ºC – 22ºC
- evite permanecer muito perto das fontes de calor
- esteja atento aos avisos de frio
- mantenha-se ativo realizando atividades físicas controladas
- coma fruta e legumes todos os dias
- mesmo que não tenha sede, ingira líquidos ao longo do dia
- faça várias refeições ao longo do dia
- evite bebidas alcoólicas
- caso tenha de tomar medicação, cumpra as indicações recomendadas
Saber mais: Guia "Proteja-se contra o frio" (SNS24)
Cuidados a ter em casa:
- Intoxicação com monóxido de carbono - ter especial cuidado com os aquecimentos a lenha (lareiras, braseiras e salamandras). Deve evitar-se a acumulação deste gás venoso e mortal, designadamente abrindo a janela para renovação do ar;
- Incêndios - má utilização de aquecedores elétricos ou sobrecarga da rede elétrica devido ao funcionamento simultâneo de vários aparelhos;
- Queimaduras.
Avisos e Comunicados
Avisos e Comunicados
ALERTA AMARELO do Plano Especial de Emergência para Cheias na Bacia do Tejo desde as 22h30 do dia 10 de março!
Situação Hidrológica e Meteorológica:
De acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, salienta-se:
- Períodos de céu muito nublado, apresentando-se pouco nublado na região Sul até meio da manhã e diminuindo de nebulosidade a partir do final da tarde.
- Aguaceiros fracos e pouco frequentes nas regiões Norte e Centro, podendo ocorrer na região Sul durante a tarde.
- Possibilidade de ocorrência de aguaceiros fracos de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela durante a tarde.
- Vento fraco a moderado (até 30 km/h) de noroeste, soprando por vezes forte (até 40 km/h) na faixa costeira ocidental e nas terras altas.
- Possibilidade de formação de gelo ou geada no interior das regiões Norte e Centro.
- Possibilidade de formação de neblina ou nevoeiro matinal no interior das regiões Norte e Centro.
- Pequena descida da temperatura mínima na região Sul e uma pequena subida na região Norte.
- Pequena subida da temperatura máxima, em especial nas regiões Norte e Centro.
De acordo com a informação disponibilizada pelo APA, salienta-se:
-
Dia 24: Os caudais no Tejo vão manter-se elevados, acima dos 2000 m3/s. Os caudais lançados pela barragem de Castelo de Bode vão manter-se próximo dos 400 m3/s até ao final do dia de hoje, dependendo da evolução das afluências.
Medidas de Antecipação e Autoproteção
O SMPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas de precaução e especial atenção, às possiveis consequências:
- Inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais:
- As quantidades de lixo depositado nas embocaduras dos sistemas de águas pluviais, a obstrução originada pela queda de folhas de árvores e os detritos vegetais juntamente com outros materiais inertes que durante a estação seca se depositaram ao longo das valetas das vias de comunicação, contribuem para situações de obstrução dos canais de escoamento.
- Estas são geralmente responsáveis pelo arrastamento e concentrações destes resíduos sólidos em locais inadequados (sarjetas, sumidouros, valetas) originando acumulações de águas pluviais que poderão provocar cortes de vias de comunicação ou mesmo inundações nos pisos mais baixos de edifícios.
- Desta forma, recomenda-se a limpeza e desobstrução de sumidouros, valetas e outros canais de drenagem, removendo folhas caídas das árvores, areias e pedras que ali se depositaram previamente à época das chuvas. A verificação da funcionalidade dos sistemas de drenagem urbana é, por isso, essencial.
-
Paralelamente, cada cidadão deve também tomar uma atitude pró-ativa, nomeadamente assegurando a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações.
- Cheias motivadas pelo transbordo do leito de alguns rios:
- O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal (como consequência de áreas ardidas) assim como a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias.
- Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
- Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento;
- Limpeza de linhas de água assoreadas;
- Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água;
- Evitar cortes rasos de material lenhoso ardido em situações de declive intenso, localizados nas proximidades das linhas de água;
- Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas localizadas nas margens das linhas de água;
- Recolha ou trituração dos resíduos de atividades agrícolas e florestais existentes nas margens das linhas de água;
- Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;
- Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;
- Identificação de novos “pontos críticos” (aglomerados populacionais, edificações, vias de comunicação, pontes/pontões, etc.).
-
Especial cuidado ma circulação junto das zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas.
- Instabilidade de taludes ou movimentos de massa motivados pela infiltração de água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais:
- A precipitação pode aumentar a instabilidade de solos e rochas em vertentes. O aumento da instabilidade dessas vertentes, em especial junto de aglomerados populacionais, vias rodoviárias e ferroviárias, deve ser observado como medida preventiva de acidentes causados por movimentos de massa (deslizamentos, desabamentos e outros).
- As principais observações que devem ser feitas, em especial em taludes de maior inclinação (onde mais abruptamente pode ocorrer a rotura) são as seguintes:
- Em taludes rochosos em que pode haver desmoronamento ou tombamento de blocos de rocha, deve observar-se o normal funcionamento das estruturas de escoamento (filtros, proteção de filtros, furos de alívio de pressão de água, etc.) e as estruturas de suporte para a estabilização de taludes (cortinas de cimento, gabiões de proteção, redes de proteção, etc.);
- Em aterros e taludes de terra, devem observar-se possíveis deformações (abertura de fendas que significam arrastamento de material), bem como assentamentos devido às variações do nível da água nos terrenos.
- A ocorrência de incêndios rurais pode reduzir o coberto vegetal, potenciando os movimentos de massa, causados por erosão intensificada e por alterações nas características das rochas face à exposição às temperaturas elevadas. Torna-se assim necessária, especial atenção a grandes blocos rochosos com sinais de exposição ao fogo e em posição instável.
-
Sempre que as observações feitas suscitem dúvidas, devem ser comunicadas ao Serviço Municipal de Proteção Civil respetivo, de forma a serem desencadeadas formas de medição de parâmetros e de monitorização dos fenómenos de instabilidade.
- Contaminação de fontes de água potável por inertes resultantes de incêndios rurais:
-
A ocorrência de incêndios na proximidade de captações de água para consumo humano, pode ocasionar a contaminação da água por inertes, em consequência da destruição do coberto vegetal. A infiltração de águas pluviais contaminadas torna, assim, recomendável a monitorização da qualidade da água, de modo a garantir um abastecimento às populações de acordo com os exigíveis parâmetros de qualidade e segurança.
-
- Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte:
- Os ventos fortes ou muito fortes, contínuos ou em rajada, são fenómenos muito frequentes, que podem arrastar, com perigo para os cidadãos e danos para o património, estruturas que não se encontrem devidamente fixadas. Recomenda-se que se verifiquem todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes. Nos casos em que tal seja impossível, deve garantir-se a facilidade de remover/desmontar essas estruturas, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis.
- No campo das medidas estruturais, recomenda-se que os municípios garantam uma vigilância mais apertada no que concerne à urbanização do espaço territorial sob a sua jurisdição. Além disso, recomenda-se aos Serviços Municipais de Proteção Civil a verificação e a atualização dos respetivos Planos Municipais de Emergência, designadamente os inventários de meios e recursos e as respetivas listas de contactos.
Em conclusão, o Serviço Municipal de Proteção Civil apela à atenção de todos os responsáveis para a observância das situações acima descritas, adotando e divulgando as medidas preventivas divulgadas, com vista à mitigação dos riscos descritos e por forma a salvaguardar a proteção dos cidadãos e dos seus bens.
Informações
Esta página destina-se a divulgar todas as informações referentes ao Serviço municipal de Proteção Civil
Vespa Velutina
Se suspeitar que está perante vespas asiáticas (Vespa velutina) ou um ninho de vespas asiáticas:
Preencha o formulário online e anexe uma fotografia
A ferramenta STOPvespa visa apoiar a identificação e o controlo da vespa asiática (Vespa velutina) em Portugal Continental. Através da georreferenciação online dos avistamentos e dos ninhos desta espécie exótica invasora, esta ferramenta contribui para a comunicação entre a população, os técnicos dos municípios e a administração central, bem como para o apoio à gestão desta problemática e à tomada de decisão.
Linha SOS Ambiente
808 200 520 (Custo de uma chamada local)
Serviço Municipal de Proteção Civil de Constância
962 098 007 (Chamada para a rede móvel nacional)
Atenção à possível confusão com outros insetos da nossa Fauna. Para ajudar à identificação pode consultar:
Queimas e Queimadas
REGISTE-SE NA APLICAÇÃO E SOLICITE AUTORIZAÇÃO EM 3 PASSOS
APLICAÇÃO QUEIMAS E QUEIMADAS - ACEDA AQUI
O uso do fogo encontra-se associado a várias práticas agrícolas e florestais, no entanto, são vários os casos em que estas atividades se descontrolam e originam grandes incêndios com graves consequências ecológicas e socioeconómicas. Cerca de 98% das ocorrências em Portugal Continental têm causa humana. Assim, torna-se urgente uma alteração de comportamentos na sociedade de modo a que possam ser realizadas as mesmas práticas, mas com um menor risco, ou seja, com uma menor probabilidade de originar incêndios rurais.
Como fazer uma Queima de amontoados em segurança?
Uso do fogo para eliminação de sobrantes de exploração florestal ou agrícola como podas de vinhas, de oliveiras, entre outros, cortados e amontoados.
Como fazer uma Queimada extensiva em segurança?
Uso de fogo para renovação de pastagens ou eliminação de restolhos e de sobrantes de exploração florestal ou agrícola, cortados e não amontoados.
SEJA RESPONSÁVEL E COLABORE !