Proteção Civil

Proteção Civil Municipal de Constância

Prevenir, Planear e Proteger

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Cheias e Inundações

Caracterização do fenómeno e das suas causas
 
As cheias são um dos riscos naturais que maiores perdas induzem em Portugal. Frequentemente confundidas com inundações, importa definir as respetivas características.
 
Cheias são um fenómeno hidrológico extremo, de frequência variável, que consiste no transbordo de um curso de água relativamente ao seu leito ordinário, originando a inundação dos terrenos ribeirinhos. As inundações são fenómenos hidrológicos extremos, de frequência variável, que consistem na submersão de uma área usualmente emersa. 
 
Também ao risco de cheias está associado o conceito de período de retorno, ou seja, o intervalo de tempo estimado entre ocorrências do fenómeno da mesma dimensão.
 
As cheias podem ainda ser causadas pela rotura de barragens, associadas ou não a fenómenos meteorológicos adversos. As cheias induzidas por estes acidentes são geralmente de propagação muito rápida.
 
Os prejuízos resultantes das cheias são frequentemente avultados, podendo conduzir a perda de vidas humanas e bens. A prevenção e mitigação do efeito das cheias é, por isso, de extrema importância. 
 
Podemos prever uma Cheia ou Inundação?
 
Na maior parte dos casos, é possível prever uma cheia, através das observações meteorológicas e do conhecimento das descargas das barragens, e assim minimizar as suas consequências, avisando  atempadamente as populações através dos meios de comunicação social (jornais, rádio, televisão), ou de comunicados no site da ANEPC, e recomendando as medidas de autoproteção adequadas. Contudo, em casos de inundação súbita, provocada por precipitações intensas e repentinas, associadas a instabilidades atmosféricas de difícil previsão, nem sempre é possível que a população seja alertada com a devida antecipação.
 
No âmbito da Proteção Civil, a possibilidade de ocorrência de cheias em Portugal Continental começa, geralmente, a ser analisada a partir do outono, altura em que, normalmente, se inicia o período húmido em Portugal, estendendo-se até à primavera.
 
A sua expressão em Portugal
 
Embora nem todas as cheias e inundações sejam devidas a causas meteorológicas, essa é a causa mais importante como fator percussor deste fenómeno em Portugal. Assim, as cheias e inundações são geralmente devidas a:
 
  • Cheias lentas dos grandes rios.
  • Cheias rápidas dos rios e ribeiras de pequenas e médias bacias hidrográficas.
  • Subida das águas subterrâneas em locais de cota reduzida.
  • Inundações pela sobrecarga dos sistemas de drenagem artificiais nos meios urbanos.

Dentro das causas meteorológicas, a pluviosidade é a principal causa das cheias, da subida das águas subterrâneas e das inundações urbanas. A pluviosidade pode ser de dois tipos: contínua e prolongada, podendo até não atingir grande intensidade - originam neste caso cheias lentas e a subida do lençol freático, com inundação de áreas baixas - ou concentrada no tempo e no espaço, mas de grande intensidade, dando origem a cheias rápidas e inundações urbanas.

As situações de chuva intensa, que originam as cheias e inundações, encontram-se associadas a condições de instabilidade atmosférica que, em Portugal continental, ocorrem geralmente do outono à primavera.

As cheias e inundações ocorrem um pouco por todo o país, mas as bacias hidrográficas dos médios e grandes rios são as mais afetadas. As bacias dos rios Tejo, o Douro e o Sado têm um longo historial de cheias, frequentemente reportadas na comunicação social.

Outros rios apresentam atualmente maior capacidade para evitar a ocorrência de cheias. É o caso do rio Mondego, por exemplo, que dispõe de um sistema integrado de regularização (barragens e diques) que reduz a ocorrência de cheias frequentes, bem como do rio Águeda, onde começou a ser implementado um Plano Geral de Drenagem e sistema elevatório de proteção contra as cheias na cidade de Águeda.

Saber mais: Avaliação Nacional de Risco e InfoRiscos 

Efeitos e Vulnerabilidades

As inundações são a catástrofe natural que ocorre com maior frequência e que pode causar devastação generalizada, com perda de vidas, danos económicos e sociais e impactos ambientais.

Entendem-se por vulnerabilidades os elementos da nossa sociedade que ficam expostos, ou são afetados, por um desastre, neste caso uma cheia. A minimização dos efeitos que lhe estão associados revela-se particularmente importante nas áreas de maior vulnerabilidade, em que periodicamente ocorrem perda de vidas e destruição avultada de bens.

Os efeitos ou prejuízos resultantes das cheias são variados, consistindo, frequentemente, em:

Efeitos diretos

  • Evacuação e desalojamento de pessoas e eventual perda de vidas humanas;
  • Isolamento de povoações;
  • Danificação da propriedade pública ou privada;
  • Submersão e/ou danificação de vias de comunicação e de outras infraestruturas e equipamentos;
  • Destruição de explorações agrícolas e pecuárias;
  • Interrupção do fornecimento de bens ou serviços básicos (água potável, eletricidade, telefone, combustível, etc.);
  • Custo das ações de proteção civil, incluindo o realojamento e tratamento de vítimas.

Efeitos indiretos

  • Perda de produção da atividade;
  • Afetação das atividades socioeconómicas, por vezes por um período bastante prolongado;
  • Afetação do meio ambiente.

As cheias de alguns rios são cíclicas, podendo contribuir para a fertilização dos campos ou mesmo para a remoção de diversos poluentes. Mas para se tirar este benefício das inundações provocadas pelas cheias dos rios e se minimizarem os danos por elas causados é necessário que as populações saibam precaver as suas vidas e os seus bens.

Prevenção

A ação preventiva constitui a estratégia mais eficaz no combate a este tipo de situações extremas, dadas as suas graves consequências. Nesse sentido, foram dinamizados estudos de caraterização de zonas de risco e das vulnerabilidades associadas na procura de melhores soluções que influenciarão não só a atuação das forças intervenientes, mas, igualmente, como se espera, os conceitos do uso do solo e ordenamento do território. Desta forma pretende-se aumentar da resiliência da sociedade, com redução dos danos para a saúde humana (incluindo perdas humanas), o ambiente, o património cultural, as infraestruturas e as atividades económicas.

Saber mais:  

Planos de Gestão dos Riscos de Inundações (PGRI) - Agência Portuguesa do Ambiente

Gestão do Risco de Inundação - Documento de apoio a Boas Práticas

A prevenção de cheias inclui ainda a componente da previsão, que possibilita a antecipação de ações de mitigação, e da monitorização, que permite detetar e conhecer em cada instante o grau de gravidade da situação. Esta última componente é fortemente hidrológica.

A Agência Portuguesa do Ambiente e as Administrações de Região Hidrográfica são as entidades responsáveis em Portugal pela previsão de cheias, através do Sistema de Vigilância e Alerta de Recursos Hídricos (SVARH). Os níveis das albufeiras portuguesas e espanholas são monitorizados continuamente, em simultâneo com o acompanhamento das condições meteorológicas, permitindo identificar as regiões do país em crise e acompanhar a sua evolução.

A informação de pontos notáveis do SVARH, como os rios internacionais na fronteira, ou núcleos urbanos mais vulneráveis, são também disseminados para o público em geral através do site do Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH).

Medidas de Autoproteção

Habitualmente é possível prever uma cheia através dos níveis de água, das descargas das barragens e das observações meteorológicas. No entanto, uma cheia provocada por chuvas intensas e repentinas, dificilmente permitirá que as populações sejam avisadas.

Para diminuir sofrimentos e prejuízos, cada cidadão em zona de risco de cheia deve ter conhecimento das medidas de autoproteção e procedimentos de segurança.

 

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