A partida...

Depois da azáfama dos últimos dias – situação própria de quem parte em viagem, - eis que chegou a data há muito esperada, segunda-feira, 21 de julho, dia do início da viagem de estudo 2014.

Tal como estava combinado, após as 21h30, a zona em frente ao edifício dos Paços do Concelho foi local de encontro para os(as) alunos(as) que este ano participam nesta aventura.

Arrumadas as bagagens no autocarro municipal, ouvidas as últimas recomendações pelos que ficaram e por quem os acompanha, às 22h30 teve início a primeira etapa da viagem que levou o grupo até Madrid.

O primeiro dia em Madrid. Uma visita à cidade e ao Estádio Santiago Bernabéu.

Muita adrenalina na visita ao Parque Temático Warner Bros.

Depois de uma noite de viagem, o grupo chegou ao parque de campismo de Arriondas, ocasião em que a prioridade foi a montagem das tendas para descansar.

Pelas 16 horas, será altura para visitar Ribadesella.

A partida...

Depois da azáfama dos últimos dias – situação própria de quem parte em viagem -, eis que chegou a data há muito esperada, domingo, 21 de julho, dia do início da viagem de estudo 2013.

Tal como estava combinado, após as 20h00, a zona em frente ao edifício dos Paços do Concelho foi local de encontro para os(as) alunos(as) que este ano participam nesta aventura.

Arrumadas as bagagens no autocarro municipal, ouvidas as últimas recomendações pelos que ficaram e por quem os acompanha, às 21h00 teve início a primeira etapa da viagem ao encontro dos nossos parceiros de viagem (Mação e Sardoal), na estação de serviço de Vila Velha de Ródão.

Boa viagem!

Atravessámos Espanha durante a noite, com algumas breves paragens, e vimos nascer o sol do novo dia já perto da fronteira com França. Após a chegada ao parque de campismo perto de Bayonne, montámos as tendas, tarefa árdua para os mais inexperientes e divertida para os restantes. O resto do dia foi dedicado ao descanso e ao convívio. A piscina do parque proporcionou momentos de frescura e divertimento. No entanto, ao entardecer as saudades de casa já se faziam notar em alguns.

O terceiro dia

Na verdade, a noite é que ficará para a história dos momentos mais marcantes da viagem. O tempo "não estava seguro" e, quando tudo já estava preparado para dormir ou divertir-se, conversando ou jogando dentro das tendas, o céu começou a ficar mais escuro, começou a ouvir-se trovões ao longe e, daí até relâmpagos que tivemos oportunidade de fotografar, demoraram apenas alguns minutos. Estávamos já perto da meia-noite e o acompanhamento das professoras e do presidente talvez tenha ajudado a que houvesse quem não tivesse muito medo da trovoada e até quem se dispusesse a contemplar os efeitos magníficos e sempre diferentes de cada relâmpago. Depois... veio alguma chuva que incomodou um pouco, mas a noite passou!

À hora marcada – já com tudo arrumado para iniciarmos a deslocação para Chauvigny - recebemos o pequeno-almoço e lá entrámos no autocarro. Numa estação de serviço, algures a meio da viagem, parámos para almoçar e, por volta das 16:00, fomos recebidos de forma muito agradável no parque de campismo do município de Chauvigny. Vários elementos da Câmara local e um grupo coral holandês deram as boas-vindas, trocámos lembranças e tomámos umas bebidas frescas acompanhadas de aperitivos regionais.

Antes da chegada tínhamos passado por um supermercado onde comprámos algumas coisas para o jantar.

A noite correu bem, apesar da pequena indisposição de uma das colegas. Estamos prontos para o quarto dia.

Iniciámos o dia com um passeio pela cidade que, neste momento, nos acolhe – Chauvigny, uma pequena cidade medieval, rodeada de castelos. Percorremos as estreitas ruas antigas, que nos faziam lembrar as de Constância, subindo sempre até ao castelo des Evêques e depois descendo até ao centro da cidade.

O ambiente medieval prolongou-se durante a tarde, mas numa cidade vizinha, Montmorillon, conhecida por ser uma das poucas cidades europeias inteiramente dedicadas à Escrita e ao Livro. Aí encontrámos pequenas livrarias, boutiques de caligrafia e de trabalhos artísticos. Na janela de uma dessas pequenas livrarias podia ler-se em francês a seguinte frase: «Un livre est une fenêtre par laquelle on s'évade.» (Um livro é uma janela pela qual nos evadimos).

Se parte do dia foi dedicada à cultura, o resto foi puro divertimento com um banho numa praia fluvial seguido de uma passagem por um McDonald's.

Levantámos cedo para haver tempo de desmontar as tendas, tomar banho, arrumar as coisas e tomar o pequeno-almoço, pois a saída em direção à Normandia estava marcada para as 09:00 e queríamos cumprir a regra de nunca chegarmos atrasados. Partimos um pouco mais tarde mas não foi por culpa nossa. A viagem não foi muito cansativa, parámos em algumas áreas de serviço e foi numa delas que almoçámos.

Por volta das 16:00 chegámos a Flers, uma pequena cidade constituída por 14 freguesias e 30 000 habitantes, na Baixa Normandia, uma das duas regiões principais da nossa viagem de estudo.

Repetiu-se a tarefa do costume de retirar as coisas do autocarro, montar as tendas e preparar para tomar um duche. Mas teve que ser coisa rápida pois às 18:30 chegariam umas pessoas representantes da Comunidade Municipal Regional e da Câmara Municipal para nos darem as boas-vindas e era preciso estar presentes nos discursos e no pequeno (mas agradável) beberete que nos ia ser oferecido.

Chegou a hora e juntámo-nos todos, voltados para o grupo constituído pelos eleitos locais e pelos presidentes das nossas Câmaras. O presidente da Comunidade Municipal da região leu um discurso que deixou muitos de nós a pensar. Já não nos lembramos bem do que ele disse mas os três presidentes portugueses prometeram que vão publicar o discurso.

Depois de o presidente da nossa Câmara ter falado em nome de todos, comemos bolos e bebemos sumo e cidra de pera.

Depois juntámos representantes dos grupos dos três municípios, brincámos num jogo que foi divertido, houve música a canções e, depois de comermos, fomos dormir porque o programa para amanhã vai exigir energia.

Saímos logo de manhã em direção ao Monte de Saint Michel e a viagem foi mais demorada do que se pensava. Mesmo assim, não custou muito pois quase todos temos o sono em atraso e, por isso, o autocarro é um bom lugar para recuperar.

Chegados lá, tivemos de apanhar um transporte especial que leva os visitantes do parque onde têm de ficar os autocarros até à entrada do mosteiro. Segundo se lê na divulgação escrita, esta construção era uma abadia e santuário dedicado ao arcanjo S. Miguel e no século XIII foi fortificada de tal forma que, quando a olhamos, parece quase impossível que alguém conseguisse entrar lá pela força.

Depois da visita - que foi muito curta para ver tudo o que de bonito lá existe – regressámos ao parque de estacionamento, retomámos o autocarro e dirigimo-nos para outro local também muito interessante nesta região da Normandia: Saint Malo. Fizemos uma primeira passagem pela cidade dentro do autocarro e depois encontrou-se um parque onde parámos, saímos e demos um breve passeio, a pé. Vimos as construções antigas mas muito bonitas, muitas pequenas praias, a marina com barcos, uns pequenos outros grandes, e alguns deles que faziam lembrar barcos de piratas. Havia muitas pessoas a visitá-los mas não tivemos tempo de ir lá dentro.

Regressámos ao parque de campismo onde chegámos já perto das 22:00.

Saímos de Flers em direção à praia Omaha Beach, situada na localidade Colleville-sur-Mer, onde, em 6 de junho de 1944, desembarcaram as tropas aliadas, com o objetivo de libertar a França e atacar a Alemanha nazi. Esta foi uma das seis praias onde ao longo da costa da Normandia, em menos de uma semana, as forças aliadas estabeleceram uma frente de ataque ao exército alemão.

Nesse local pudemos olhar com emoção para as inúmeras cruzes de mármore plantadas num extenso relvado em memória dos que pereceram durante os ataques. Um Centro para Visitantes oferecia uma admirável exposição sobre o tema.

O resto do dia foi, praticamente, ocupado com a viagem que nos levaria até ao parque de campismo «Étangs-Floris», nos arredores de Paris, onde iremos pernoitar durante as próximas três noites. Apesar do cansaço, tudo estaria bem não fora a violenta trovoada que nos recebeu logo que chegámos, ainda não tínhamos terminado a montagem das tendas. Mas, como diz o ditado, depois da tempestade vem a bonança e, passado algum tempo, a trovoada afastou-se e a chuva parou.

Saímos do Parque de Campismo, por volta das 9h30 da manhã em direção à cidade luz, Paris. Os autocarros deixaram-nos na Place de la Concorde e todos nos deliciámos com o desfile de carros antigos que decorria naquele momento. Percorremos a pé a Avenida Campos Elísios até ao Arco do Triunfo, admirando com deleite todo o ambiente parisiense. Em seguida, dirigimo-nos para outra das zonas emblemáticas de Paris, o Trocadero, onde pudemos observar a imponência da grande «dama de ferro», a Torre Eiffel. Quando nos aproximámos e parámos debaixo dos seus quatro enormes pilares, olhámos para cima, e sentimo-nos bem pequeninos com toda aquela estrutura metálica por cima de nós. O passeio continuou ao longo do, quase infindável, cais do rio Sena que, durante o verão, é utilizado como praia. Vimos de um e outro lado do cais o gigantesco Museu do Louvre, o Museu de Orsay, que outrora fora uma estação de comboios, a Assembleia Nacional, os Grandes Armazéns La Samaritaine e o Quartier Latin. Uma das inúmeras pontes que cruzam o Sena é a «ponte dos namorados», ou «ponte dos cadeados», cujo gradeamento estava repleto de pequenos cadeados gravados com os nomes de casais apaixonados. Não ficámos por aqui e o passeio continuou até à Catedral de Notre-Dame de Paris que este ano comemora o seu 850.º aniversário.

Já estava na hora de almoçar e rapidamente nos dirigimos de autocarro para La Villete, a Cidade da Ciência e da Indústria. Aqui almoçámos rapidamente, pois o tempo escasseava e iniciámos a nossa visita a este centro de ciência e tecnologia que nos apresentou, de forma lúdica e apelativa, exposições interativas, espetáculos, atividades variadas, ateliês científicos, bibliotecas multimédia, ilustrando a ligação entre a ciência, a sociedade e a nossa vida quotidiana.
Cansados, mas satisfeitos, regressámos a «casa» para, após alimentar e descansar o corpo, recuperarmos forças para o dia seguinte que será, sem dúvida, muito excitante.

Este era – para muitos de nós – o dia mais esperado. Um dia inteiro na Eurodisney era coisa que desafiava a imaginação de quem (quase todos) só tinha ouvido falar ou visto alguma coisa na televisão.

Depois da curta viagem entre o parque de campismo e a Eurodisney e de alguma espera pelas formalidades da entrada - controlo de bilhetes e de bagagens –, deparámos com um ambiente que só tínhamos visto em filmes da Disney. Foi uma correria a participar nas mais variadas diversões, umas mais ligeiras, outras desafiando a coragem e a resistência a algum medo que provocavam.

Em ocasiões que tinham sido determinadas de manhã, encontrámo-nos com as professoras e com o presidente, para confirmar se estávamos todos bem e assim rapidamente se chegou às 19:00, quando decorreu um magnífico cortejo de carros com figuras que todos conhecemos dos filmes da Disney.

Depois foi comer alguma coisa e correr a usufruir de mais algumas coisas que tivemos de escolher pois já se sabia que não havia tempo para participar em tudo.

Chegaram-se as 23:00 e o espetáculo foi extraordinário. Os sons, a música e os efeitos especiais a laser – que incluíam animações com muitas figuras da Disney – constituíram 30 minutos que encerraram um dia inesquecível.

Seguiu-se o regresso ao parque de campismo, onde chegámos já perto da uma da manhã.

Saímos do parque de campismo «Étangs Floris» em direção a Chauvigny, dando início à primeira etapa da viagem de regresso a Portugal. Porém, como o corpo precisa de alimento, parámos num supermercado Leclerc para comprar comida para as refeições do dia. Perto da hora do almoço visitámos os jardins do palácio de Fontainebleau, que outrora foi residência de reis e imperadores, como por exemplo Napoleão Bonaparte. Ficámos admirados com a magnificência do edifício e do espaço circundante.

O almoço foi tomado numa estação de serviço da autoestrada com destino a Poitiers. As bexigas mais fracas obrigaram a mais uma breve paragem antes da chegada ao parque de campismo de Chauvigny. Seguiu-se a rotina habitual de montagem das tendas e de carregamento de telemóveis. Tranquilamente jantámos, convivemos um pouco e preparámo-nos para uma noite de descanso merecido.

Saímos de Chauvigny logo pela manhã, depois de termos arrumado todos os nossos pertences e termos tomado o pequeno-almoço. Tínhamos pela frente um longo dia de viagem, mais de quatrocentos quilómetros que nos separavam do nosso próximo destino – Bayonne.

Durante a viagem parámos numa estação de serviço onde, por acaso, se descobriu um magnífico espaço de arte romana. A área é mesmo designada por "área de Arte Romana em Saintonge" e, segundo as descrições que por lá tivemos oportunidade de ler, existiu ali uma grande igreja cujas ruínas foram envolvidas por uma floresta. Só quando foram efetuadas intervenções de abate de árvores e desmatação é que foram encontradas as ruínas.

Foi pena que nem todos tivessem visitado o local, pois quando o encontrámos estávamos todos espalhados pela área de serviço.

Por volta das dezoito horas chegámos ao mesmo parque de campismo onde tínhamos pernoitado a primeira noite, situado nos arredores de Bayonne.

Como já estamos a ficar treinados, montámos as tendas rapidamente. Era chegado o momento do divertimento após um dia quase exclusivamente dedicado a viajar no autocarro. Enquanto uns foram à piscina, outros brincaram, jogaram à bola e depois jantámos.

Saímos de Bayonne um pouco mais tarde do que o previsto, pois de manhã, com tanta gente, é sempre difícil estarmos todos prontos à mesma hora. Praticamente o dia todo foi passado no autocarro, intercalado com breves paragens em estações de serviço, para atendermos às nossas necessidades de alimentar o corpo, aliviar a bexiga e estirar as pernas.

Por fim chegámos ao parque de campismo situado nos arredores de Salamanca, ao final da tarde, mas ainda a tempo de irmos à piscina refrescar e saciarmos a fome mais uma vez. À noite passeámos pela cidade de Salamanca.

Levantámo-nos e arrumámos tudo para, depois do pequeno-almoço, se fazer a última armazenagem de tendas e bagagens no autocarro. Por volta das 10:30 partimos em direção ao centro da cidade de Salamanca para uma última visita, agora de dia. Apreciámos a catedral, igrejas e outros monumentos antigos, avenidas e ruas cheias de lojas e estabelecimentos comerciais e alguns de nós fizemos pequenas compras.

Como combinado, às 12:30 juntámo-nos para apanhar o autocarro e voltar ao parque de campismo para o tradicional almoço de despedida. Tudo decorreu muito bem até ao momento dos discursos. Aí, a comoção começou a dominar todos quantos falavam e ouviam. Primeiro foram os presidentes, depois alunos representantes dos três grupos que – com lágrimas à mistura – lá iam dizendo que iniciativas destas são muito importantes para a formação dos jovens, que é preciso que continuem a fazer-se estes passeios, que tudo correu muito bem e, claro, agradecimentos a todos quantos tinham sido indispensáveis para que a viagem corresse bem: motoristas, professores e os presidentes de Câmara e trocaram-se pequenas lembranças.
Seguiu-se a partida, já depois das 16:00. Ainda parámos para fazer compras no GILDO (estabelecimento comercial junto à fronteira) e voltámos a parar na área de serviço de Vila Velha de Ródão para as despedidas e separação dos três grupos. Outra vez as lágrimas e a já saudade de vários dias inesquecíveis, passados em parques de campismo, no autocarro, em caminhadas por locais de interesse ou em diversão.

Às 20:40 chegámos a Constância onde nos esperavam os familiares, de quem já tínhamos muitas saudades. A separação dos colegas não foi fácil, dado que as férias e o próximo ano letivo em escolas diferentes vão cortar um convívio que durou alguns anos.

Da viagem... nunca nos esqueceremos!