Avisos e Comunicados SMPC
2024
AVISO AMARELO para Precipitação desde as 05h00 até 15h00 do dia 27 de Março!
AVISO AMARELO para Vento desde as 09h00 até 18h00 do dia 27 de Março e das 09h00 até 18h00 do dia 28 de Março!
Situação Hidrológica e Meteorológica:
De acordo com a informação disponibilizada pelo IPMA, salienta-se:
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Céu geralmente muito nublado.
Períodos de chuva ou aguaceiros, podendo ser por vezes fortes e persistentes, em especial entre o meio da manhã e o final da tarde.
Queda de neve nos pontos mais altos da Serra da Estrela, sendo acima de 1000/1200 metros de altitude nas serras do extremo norte até ao meio da manhã e a partir do final da tarde.
Possibilidade de ocorrência de trovoada.
Vento moderado (20 a 35 km/h) de oeste/sudoeste, soprando por vezes forte (até 50 km/h), em especial no litoral e nas terras altas, com rajadas até 85 km/h e 100 km/h, respetivamente.
Subida de temperatura, em especial da mínima. -
Efeitos Expectáveis
Atendendo à alteração das condições meteorológicas, com previsão de vento, é expectável:
- a. Piso rodoviário escorregadio, e eventualmente obstruído, devido à eventual acumulação de gelo e formação de lençóis de água;
- b. Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
- c. Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos e pela perda da sua consistência;
- d. Possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas associadas às redes de comunicações e energia;
- e. Danos em estruturas montadas ou suspensas;
- f. Desconforto térmico na população pela conjugação da descida acentuada da temperatura mínima e do vento, onde esta ocorra.
Medidas de Antecipação e Autoproteção
O SMPC recomenda à população a tomada das necessárias medidas preventivas, que mitigam a ocorrência de:
- a. Cheias motivadas pelo transbordo do leito de cursos de água:
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- 1) O arrastamento e deposição de materiais sólidos pelos cursos de água pode contribuir, significativamente para o acréscimo dos efeitos das cheias. Outros condicionantes, como a falta de obstáculos à progressão da água nas bacias drenantes e a incapacidade de retenção da precipitação no coberto vegetal, assim como, a diminuição da capacidade de vazão das linhas de água e da capacidade de armazenamento nas albufeiras devido ao arrastamento de sólidos (por erosão) desde as bacias drenantes até à linha de água, são fatores associados às inundações por cheias.
- 2) Neste contexto, recomenda-se a adoção, entre outras, das seguintes medidas de precaução:
- a) Especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas;
- b) Desobstrução de linhas de água principalmente junto a pontes, aquedutos e outros estrangulamentos do escoamento e limpeza de linhas de água assoreadas;
- c) Limpeza dos resíduos sólidos urbanos (muitos deles de grandes dimensões) depositados nos troços marginais dos cursos de água;
- d) Recolha ou trituração dos resíduos resultantes do corte dos salvados das áreas ardidas, de atividades agrícolas e florestais localizadas nas margens das linhas de água;
- e) Verificação (e eventual reparação) de eventuais situações de desmoronamentos das margens das linhas de água, de modo a evitar obstruções ou estrangulamentos;
- f) Inspeção visual de diques, ou outros aterros longitudinais às linhas de água, destinados a resguardar os terrenos marginais;
- g) Identificação de novos “pontos críticos”.
- b. Instabilidade de taludes ou movimentos de massa motivados pela infiltração de água, podendo ser potenciados pela remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais:
- 1) A precipitação pode aumentar a instabilidade de solos e rochas em vertentes. O aumento da instabilidade dessas vertentes, em especial junto de aglomerados populacionais, vias rodoviárias e ferroviárias, deve ser observado como medida preventiva de acidentes causados por movimentos de massa (deslizamentos, desabamentos e outros);
- 2) As principais observações que devem ser feitas, em especial em taludes de maior inclinação (onde mais abruptamente pode ocorrer a rotura) são as seguintes:
- a) Em taludes rochosos em que pode haver desmoronamento ou tombamento de blocos de rocha, deve observar-se o normal funcionamento das estruturas de escoamento (filtros, proteção de filtros, furos de alívio de pressão de água, entre outros) e as estruturas de suporte para a estabilização de taludes (cortinas de cimento, gabiões de proteção, redes de proteção, entre outros);
- b) Em aterros e taludes de terra, devem observar-se possíveis deformações (abertura de fendas que significam arrastamento de material), bem como assentamentos devido às variações do nível da água nos terrenos;
- 3) A ocorrência de incêndios rurais pode reduzir o coberto vegetal, potenciando os movimentos de massa, causados por erosão intensificada e por alterações nas características das rochas face à exposição às temperaturas elevadas. Torna-se assim necessária, especial atenção a grandes blocos rochosos com sinais de exposição ao fogo e em posição instável;
- 4) Sempre que as observações feitas suscitem dúvidas, devem ser comunicadas ao Serviço Municipal de Proteção Civil respetivo, de forma a serem desencadeadas formas de medição de parâmetros e de monitorização dos fenómenos de instabilidade.
- c. No arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte:
- 1) Efetuar a verificação de todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes;
- 2) Remover ou desmontar preventivamente as estruturas instáveis ou com potencial de risco, guardando-as em locais seguros sempre que ocorram ventos fortes previsíveis.
- d. Recomenda-se ainda:
- 1) A adoção de uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de “lençóis de água” nas vias rodoviárias;
- 2) Especial cuidado na circulação junto de zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a inundações rápidas;
- 3) Que assegurem a desobstrução dos sistemas de escoamento de águas pluviais dos quintais, ou varandas e a limpeza de sarjetas, algerozes e caleiras dos telhados de habitações;
- 4) A verificação de todas as estruturas que, pelas suas características (dimensão, formato, altura desde o solo, resistência ao vento), possam ser facilmente arrastadas ou levantadas dos seus suportes, procurando garantir que resistem aos ventos fortes. Nos casos em que tal seja impossível, deve garantir-se a remoção ou desmontagem dessas estruturas, guardando-as em locais seguros;
- 5) Evitar o estacionamento de veículos em zonas com histórico de inundações;
- 6) A atenção às informações meteorológicas e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
Em conclusão, o SMPC apela a todos os Agentes de Proteção Civil (APC) e cidadãos para que adotem as medidas preventivas que constam neste comunicado, e para que divulguem as mesmas pelas comunidades locais, com vista à mitigação dos riscos descritos, garantindo a salvaguarda e a proteção dos cidadãos e dos seus bens.