Arte Urbana

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Mural dos Poetas

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Em junho, iniciou-se o projeto de Arte Urbana designado Mural dos Poetas, uma intervenção artística da autoria de Massimo Esposito, situado na Estrada Nacional 3, no muro em frente à Biblioteca Municipal Alexandre O'Neill, com o objetivo de homenagear três dos grandes poetas, que, entre outros, passaram por Constância: Luís de Camões, Vasco de Lima Couto e Alexandre O´Neill.

Esta intervenção artística da responsabilidade do município de Constância, através da Biblioteca Municipal Alexandre O'Neill e em parceria com o Agrupamento de Escolas de Constância, pretende dignificar o espaço cultural onde se insere a Biblioteca Municipal e onde o foco são os livros, e a leitura e ao mesmo tempo evidenciar a marca de Constância, Vila Poema.

O autor deste projeto, Massimo Esposito e os alunos do 10º ano da Escola Básica e Secundária Luís de Camões, que apoiaram o artista neste trabalho, demoraram cerca de 70 horas a pintar o mural, utilizando mais de 80 litros de tinta acrílica aquosa, pintados com pincel e spray 3D num muro que mede cerca de 53 metros de comprimento e 3 de altura. A obra iniciou-se no dia 1 de junho, terminando no dia 15 de julho de 2017.

Da esquerda para direita, o mural dos poetas tem a seguinte interpretação, segundo o autor: O mural inicia-se com uma imagem de Alexandre O´Neill, seguida de uma representação de Lisboa, a cidade do poeta. A gaivota e o coração na mão lembram um dos seus poemas mais famosos Gaivota, popularizado na voz de Amália Rodrigues. O seu nome aparece representado no mural como a sair das folhas de um jornal, ou de uma revista, mostrando o importante publicitário que era, além de um dos maiores poetas portugueses do século XX. Assim e ainda no contexto citadino, aparecem alguns dos seus mais marcantes poemas, entre eles O barqueiro de Constância, assim como alguns dos seus slogans mais famosos.

Os poemas e os slogans manuscritos em pergaminhos dão lugar aos poemas de Luís de Camões, entre eles destaca-se a canção Ó pomar venturoso, citado pelos investigadores, como a prova da presença do poeta em Constância, antiga Punhete, durante o seu desterro. A pena e o tinteiro representam as ferramentas utilizadas para a realização da sua obra mais famosa Os Lusíadas, que surge representada pela mão que salva este valioso manuscrito, durante o naufrágio no rio Mekong, quando Camões regressava a Goa. Este ambiente oriental aparece representado junto à imagem do grande poeta português, dada a importância que esta região do mundo teve para a elaboração da maior obra da literatura portuguesa. E logo junto ao poeta está o Adamastor, figura mítica d´Os Lusíadas que representa as forças da natureza que lutaram contra Vasco da Gama e no mural aparece a assustar e a intimidar o navegador e todo o Povo Português. Inscrito numa lápide antiga encontra-se o nome de Luís de Camões.

Logo após este espaço aparece representada Constância, chamando a atenção para todos os poetas que passaram por Constância e que deram o nome ao slogan da vila, Constância, Vila Poema.

A seguir num palco iluminado aparece uma cantora de fado que canta Pomba Branca, Pomba Branca, poema de Vasco de Lima de Couto, celebrizado por Max, também no prolongamento das cordas duma viola portuguesa surge outro poema da sua autoria e popularizado pela cantora Alexandra, Zé brasileiro, Português de Braga, dedicado a um amigo de Constância, que nesta vila tem uma Casa-Museu com o seu nome. O logotipo desta Casa-Museu foi reproduzido a spray, junto à imagem do poeta, tendo logo por baixo, inscrito da mesma forma, a identificação do poeta, Vasco de Lima Couto.

No lado direito do mural, numa pequena parede lateral, encontra-se a ficha técnica desta obra artística.

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